4 de julho de 2020

A2 diariodolitoral.com.br SÁBADO, 4 DE JULHO DE 2020 (13) 3301-9777 editor@diariodolitoral.com.br publicidade@diariodolitoral.com.br twitter.com/diariodolitoral facebook.com/diariodolitoral instagram.com/diariodolitoral youtube.com/diariodolitoral 13. 99149-7354 JORNAL DIÁRIO DO LITORAL LTDA . Fundado em / / . Jornalista Responsável: Alexandre Bueno (MTB /SP . Agências de Notícias: Agência Brasil (AB), Agência Estado (EC), Folhapress (FP), Associated Press (AP), GB Edições (GB), Agência Senado (AS), Agência Câmara (AC) . Comercial e Redação: Avenida Senador Feijó, , cj - Vila Mathias - Santos - SP - CEP: . Fone: . . . Parque Grá co: Rua General Câmara, - Centro - Santos CEP: . - Fone: . . São Paulo: Rua Tuim, A - Moema, São Paulo - SP - CEP - Fone: . . Matérias assinadas e opiniões emitidas em artigos são de responsabilidade de seus autores. 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Diário do Litoral - anos Jornal Associado: Edição digital certificada: GRUPO GAZETADES.PAULO ARNAUD PIERRE COURTADON Editor Responsável DAYANE FREIRE Diretora Administrativa SERGIO SOUZA Fundador ALEXANDRE BUENO Diretor Presidente Os mosquitos saíram do isolamento Cristiano Alves sobre: San- tos: Mutirão realizado no Embaré elimina 95 focos com larvas de mosquito Muitos não se aten- tam a isso. Causa ma- le ícios terríveis com o passar do tempo! Gustavo Corção sobre: Home of ice pode aumen- tar problemas decorrentes da má postura Mudanças climáticas como sempre Julio Vinicius Gois sobre: Litoral norte de SP tem aparição recorde de pin- guins Mas tambémhá centenas de pessoas curadas todos os dias Marco Antonio Calderini sobre: São Paulo pode regis- trar 470mil casos e 23mil mortes por Covid-19 até a metade de julho Espero que isso gere muito trabalho e em- prego emmassa Daniel Furlan sobre: Go- verno quer fazer 3 conces- sões e 11 arrendamentos portuários até im do ano A distância do inal desta pista está muito próxima das casas. Rosalvo Marques sobre: Infraero começa interven- ções estruturais no Aeró- dromo de Guarujá POST IMPRESSO Para acessar a matéria no seu celular, basta que o seu Smartphone tenha uma câmera fotográfica e um leitor de QR Code instalado. Acesse a Play Store ou a Apple Store e baixe a ferramenta de forma gratuita. Depois, acesse o aplicativo e posicione o leitor sobre o código acima. Leia no site utilizando oQR Code Este espaço é destinado a você, leitor-internauta, para reclamar, comentar, sugerir, interagir... sobre seu bairro, sua cidade, nossas matérias, enfim, ele foi desenvol- vido com o objetivo de ser a voz da população. Só há um pedido: que atentem às palavras. As expres- sões ofensivas - que não sugerem melhorias à população - não poderão ser publicadas devido à nossa função pública. Comente em nossa página no Facebook. CHARGE A cada semana, os números de infectados e de mortos pela Covid-19 no Brasil sobem como se fossem um foguete espacial. Não há um alento, não há sinais de quando a crise nos dará uma trégua. Enquanto famílias são destroçadas pela perda de parentes queridos, milhares de pacientes curados têm que se recuperar do trauma deixado pelo tubo do respira- dor e do trauma de ter visto a morte de perto. De- pois disso, a crise econômica se acentuará, com um desemprego galopante e a precarização do trabalho. No meio de toda essa tragédia, estão crianças carentes que enfrentarão um aumento da desigual- dade escolar. Sem acesso a equipamentos eletrônicos ou conexão com a internet, esses jovens sofrerão pelo resto da vida com essas lacunas educacionais. Alguns não aprenderão as quatro funções básicas, muitos não saberão as regras de concordância verbal e nominal e para tantos outros a Terra será tão plana quanto um campo de futebol. É o legado que carregaremos por anos e anos a io se a educação não for levada a sério. Isso não é novidade. Para piorar, na gestão do presidente Jair Bolsonaro, educação é sinônimo de guerra cultural. Durante os três meses que icou à frente da pasta, Ricardo Vélez levou essa ideia adiante: exonerou Maria Inês Fini do cargo de presidente do Inep, instituto responsável pela realização do Enem, porque a educado- ra disse que Bolsonaro não teria acesso prévio à prova; a irmou que a universidade deveria ser apenas para a elite intelectual; pediu para que todos os dias as esco- las hasteassem a bandeira, cantassem o hino nacional e gravassem a cena, o que é proibido por conter meno- res de idade. Com o Enem sob risco, Bolsonaro nomeou Abrah- am Weintraub, ainda em 2019, que elevou o tom da guerra cultural. Durante a sua gestão, Weintraub acumulou polêmica atrás de polêmica. Primeiro, as- sassinou a gramática portuguesa. A coleção de erros ortográ icos cometidos por Weintraub não apenas escancararam a sua ignorância: mostraram também que ele nunca ouviu falar em corretor ortográ i- co, que existe em qualquer programa de edição de textos. Da educação falou pouco. Com isso, sobraram ameaças aos ministros do STF, o Supremo Tribunal Federal, aos chineses, às universidades federais. En- im, Weintraub não deixará saudade. Depois de Weintraub, era di ícil imaginar que dava para piorar. Mas o governo Bolsonaro é insupe- rável nesse quesito: consegue sempre piorar. Carlos Decotelli da Silva se foi sem nunca ter sido de fato. Resta saber como é que sairemos desse lamaçal de ideias prontas para atacar de fato a qualidade do ensino ou a evasão escolar? Não sou educador, mas creio que o primeiro passo é restabelecer o diálogo entre os diversos atores do sistema, a começar por professores e alunos. * FranciscoMarcelino, escritor e cineasta ARTIGO Francisco Marcelino Muito além do Enem Fake News é bem antigo no comportamento humano. Veicular mentiras está no DNA da humanidade. A era da pós-verdade é pródiga em gerar verbetes e expressões novas. Só que a hoje famosa “fake News” é algo bem antigo no comporta- mento humano. Veicular mentiras está no DNA da humanidade, a cadeia mais evoluída na escala animal. Porém, não deixa de trazer veementes sinais de que a criatura chamada racional é capaz de se portar como os do ín imo grau na escala evitam. O animal irracional não mente. Não é, por natureza, um dissimulador. Não dissemina as perigosas “meias verdades”. Por isso é que a trajetória humana pelo planeta é repleta de episódios lamentáveis, surgidos dessa ten- dência a falsear o real com uma dose cruel de inverdade. Um exemplo serve para mostrar como isso causa sofrimento desnecessário. Quando Paulo Coelho foi preso em 28.05.1974, torturado por duas semanas, estranhou-se procedimento que não fora idêntico em relação a outros intelec- tuais. Havia alusões, ameaças, tudo tendente a fazer com que eles deixassem o Brasil. Tortura era prática destinada a não celebridades. Figu- ras carimbadas poderiam chamar a intenção da mídia mundial. No livro “Não diga que a canção está perdi- da”, biogra ia de Raul Seixas escrita por Jota- bê Medeiros, alude-se à delação que o artista teria feito, acusando seu parceiro de letras. Só agora se descobre, graças à pesquisa de Lucas Marcelo Tomaz de Souza, na tese de doutorado sobre Raul Seixas, que houve um problema de quase homonímia. O Paulo Coelho procurado pelo sistema autoritário não era o escritor, mas um Paulo Coelho Pinheiro, membro do Partido Comunista Brasileiro Revolu- cionário. A confusão surgiu porque Paulo Coelho, o mago, tem o acréscimo de um “de Souza” e o visado um “Pinheiro”. Teria sido o su iciente para confun- dir um com o outro. A mera suspeita foi su iciente para denegrir a memória do compo- sitor da “metamorfose ambu- lante”, que morreu em 1989, com apenas 44 anos. Quantas outras leviandades não circularam e continuam a circular como se verazes fos- sem? As pessoas de bem e providas de cons- ciência têm de re letir sobre a veiculação auto- mática de tudo o que lhes chega aos mobiles, indagando-se a respeito da potencialidade de causar prejuízo moral e sofrimento aos hu- manos envolvidos. Vale a pena alimentar essa rede cruel? * José Re- nato Nalini, presidente da Acade- mia Paulista de Letras Fake News nome novo, prática antiga

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