31 de julho de 2020

A5 diariodolitoral.com.br SEXTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2020 A s contas públicas fecharamo mês de junho comsaldo negati- vo de R$ 194,7 bilhões, informou o TesouroNacional. O recorde no dé icit primário, despesas maiores que as receitas, semconsiderar no cálculo os gastos com juros, do governo cen- tral (TesouroNacional, Previdência Social e Banco Central) é explicado pelos efeitos da pandemia de covid-19 na economia. Em ju- nho de 2019, o dé icit primário icou emR$ 11,8 bilhões. “Assimcomo nomês anterior, o dé icit de junho é explicado, principalmente, pela redução signi icativa na arrecadação, combi- nada como aumento nas despesas do Poder Executivo decorrentes demedidas de com- bate à crise da covid-19, bemcomo da anteci- pação do pagamento do 13º de aposentados e pensionistas do Regime Geral da Previdên- cia Social e pagamento acumulado dos pre- catórios”, diz o relatório o TesouroNacional. Nomês passado, emtermos reais (des- contada a in lação), a receita líquida apresen- tou queda de R$ 29,3 bilhões (-31%), enquan- to a despesa total aumentou R$ 153,4 bilhões (+144%), quando comparados a junho de 2019. O adiamento no pagamento de impos- tos contribuiu para reduzir as receitas emR$ 20,4 bilhões. Tambémcontribui para reduzir as receitas a retração na atividade econômi- ca. No caso das despesas, o resultado foi in- luenciado principalmente pelasmedidas de combate à crise gerada pela pandemia de co- vid-19 que somaramvalor de R$ 96,8 bilhões nomês de junho. “Destaque para o auxílio emergencial a pessoas emsituação de vulne- rabilidade social (R$ 44,7 bilhões), as despesas adicionais doMinistério da Saúde e demais ministérios (R$ 19,9 bilhões), o auxílio emer- gencial aos estados, municípios e DF (R$ 19,7 bilhões) e o Bene ício Especial deManuten- ção do Emprego e Renda (R$ 7,1 bilhões)”, diz o relatório. (AB) O adiamento no pagamento de impostos contribuiu para reduzir as receitas em R$ 20,4 bilhões Contas públicas fecham junho com dé cit recorde de R$ , bilhões U mlevantamento feitopelo InstitutoBrasileirode Exe- cutivos deVarejo&Mercado de Consumo (Ibevar) sobre a intençãode compra de pre- sentes para odia dos paismostrouque nas duas semanas que antecedema data há tendência de aumentona comparação comomesmoperíododo anopassado. Entre as categorias tradicionais de produ- tos presenteados, a pesquisanotou au- mentona intençãode comprar de 48,9% para TV, 48,1%paranotebooks, 25,4%para smartphones, 48,9%para adega e 48,9% para ferramentas. “Oque explica esse aumentoda inten- çãode compra em2020é o crescimento muito grande das vendas online e o fato de as pessoas que estão isoladas emsuas casas precisamdemonstrar de alguma forma sua presença e o seuvínculo afe- tivo coma família, que de alguma forma acaba sendoprejudicadopelo isolamento prolongado”, a irmouopresidente do Ibe- var, Claudio Felisoni. Apesar do aumentodas vendas onli- ne, Felisoni disse que esse tipode comer- cializaçãonão compensará a queda das vendas ísicas novarejo. “Temos assistido uma queda signi icativa dovarejomoti- vada pelas questões relacionadas à pan- demia, pelodesemprego e pela insegu- rança das pessoas que estão empregadas”, disse opresidente do Ibevar. Felisoni ressaltouque as promoções devemocorrer como énatural emdatas comemorativas. “Os produtos não têm muita diferença de uma loja para a outra, oque diferencia é opreço e as condições de pagamento. Portanto, énatural que as promoções sejamacirradas por conta da intensi icaçãoda competição”. (AB) Levantamento mostra que vendas devem crescer no Dia dos Pais Pesquisa notou aumento na intenção de compra de 48,9% para TV, 48,1% para notebooks e 25,4% para smartphones Fique ligado Aprovada MP que extingue PIS-Pasep SAQUE DO FGTS LIBERADO. Agora, a medida precisa ser apreciada pelo Senado Federal antes do dia 4 de agosto, próxima terça-feira, quando perde a validade O s deputados aprovaramem sessão virtual namadrugada desta quinta- -feira (30) aMP (medida pro- visória) que extinguiu o PIS- -Pasep e liberou o saque de R$ 1.045 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Servi- ço). Agora, amedida precisa ser apreciada pelo Senado antes de 4 de agosto, próxi- ma terça-feira, quando per- de a validade. Editadano iníciode abril, aMPprevê que opatrimônio acumuladonas contas indi- viduais dos participantes do FundoPIS-Pasep ica preser- vado. Ogoverno estima que há R$ 21 bilhões quenão fo- ramresgatados pela popula- ção após sucessivas campa- nhas relacionadas ao fundo. AMP permitiu que os re- cursos fossemtransferidos para a conta do FGTS em31 demaio. De 15 de junho a 31 de dezembro, icou dispo- nível o saque de até R$ 1.045 por trabalhador emrazão do enfrentamento do esta- do de calamidade pública e da emergência de saúde pú- blica de importância inter- nacional decorrente da pan- demia de coronavírus. Amedida foi relatada pelo deputadoMarcel Van Hattem (Novo-RS). Ao todo, 141 emendas foramapre- sentadas ao projeto. Destas, foramacatadas pelo relator mudanças que permitem umsaque emergencial adi- cional para aqueles traba- lhadores que tiveramredu- ção proporcional de jornada de trabalho e de salário ou suspensão do contrato de trabalho emrazão do en- frentamento do estado de calamidade. “A liberação de recursos do FGTS pormeio de saques nas contas vinculadas pro- porciona auxílio inanceiro emmomentos essenciais na vida dos trabalhadores e seus familiares”, disse o re- lator. Durante a votação, Van Hattemaceitou uma emen- da emplenário que deter- mina que a Caixa dê priori- dade de saque para pessoas que izerama solicitação por causa de desastres na- turais. A prioridade valerá para aqueles quemoram emestados oumunicípios emque houve atraso do go- verno federal emreconhe- cer a situação de calamidade pública decretada. Os deputadosmais liga- dos ao presidente Jair Bolso- naro (sempartido) também conseguiramretirar do pro- jeto o techo incluído pelo relator que permitia que trabalhadores dispensados sem justa causa durante o estado de calamidade, op- tantes do saque aniversário, pudessemsacar a totalida- de de seus recursos semob- servar o prazo legal de dois anos. (FP) D Pelo texto, ficou determinado que sejam incluídas mais opções de pagamento e de movimentação dos recursos AGÊNCIABRASIL A Mais dametade (50,7%) das 2,8 milhões de empresas em funcionamentonoBrasilnase- gunda quinzena de junho, no auge da pandemia da Covid-19 no país, registraramqueda nas vendas, segundo pesquisa di- vulgada pelo IBGE. Ocomércio de veículos, peças e motocicle- tas foi o mais atingido, assim como os serviços prestados às famílias,amboscomquedasde 62,2%. As empresas de pequeno porte, comaté49funcionários, sentiram mais a crise causada pela pandemia do que gran- des companhias, com500 fun- cionários ou mais, onde 41,6% perceberam impacto menor ou inexistente mesmo com o atual momento sanitário vivi- donoBrasil. Segundo o IBGE, 62,4% das empresas perceberam impac- tos negativos causados pelos impactos do novo coronavírus emsuas atividades. O avanço da Covid-19 no país, que prolongou o fecha- mento do comércio para pro- mover o distanciamento so- cial como forma de combate à proliferação do vírus, afetou 65,5%de 1,2milhãode empre- sasde serviços, especialmente aqueles prestados às famílias (86,7%). Os serviços prestados às fa- mílias incluem bares, restau- rantes e hotéis, atividades que dependemdecirculaçãodepes- soas,turismoeviagenseacaba- ramsuspensasourealizadasde forma parcial ao longo da pan- demia. “Era de se esperar que es- sas atividades fossemmais im- pactadas”, disse Flávio Maghe- li, coordenador da pesquisa do IBGE. No comércio, 64,1% de 1,1 milhão de empresas percebe- ramre lexos negativos na pan- demia, número que ica ainda maiornosegmentodeveículos, peças e motocicletas (74,9%). (FP) Vendas caíram em mais da metade Esse tema é bastante interessante e complexo, pois razão e emoção sempre estão “brigando” dentro de todos os seres hu- manos, principalmente quandoo assunto é dinheiro. E o que podemos fazer para reduzir este con lito emnosso dia dia inanceiro? A primeira re lexão é se questionar como seria nossa vida inanceira, se nossas decisões fossemmais racionais e menos emocionais. Quer umexemplode fácil entendimento? Vocêjásaiudecasaparacomprarumúnicoprodutoequan- do chegou ao shopping, viu na vitrine aquela super TV de 75”, o celular dos sonhos, aquela bolsa, aquele sapato, en imaquilo que você deseja,mas queNÃOprecisanaquelemomento. Então, como mágica, estes desejos de consumo te dão “aquela olhada” e você tema certeza que não conseguirá viver mais sem eles. Quando percebe,está saindo do shopping com uma sacolinha recheada de tudoque vocêNÃOprecisava. Claro que não foi sua razão que fez você comprar, pois seu propósito era apenas e tão somente comprar umúnicoprodu- to, lembra-se? Porém, a emoção faloumais alto que a razão e comandou sua atitude, além disto,a facilidade de pagamento e as milhas do cartão de crédito lhe deram a certeza que você precisava comprar. Então, de initivamente, emoção não combina com consu- mo e investimentos! Emoções são sentimentos ligados aos seres humanos, à vida e tambémaos sonhos. São reações e repostas à estímulos externos que recebemos. Porém, parabemlidarmos comdinheiro, temosqueapren- der a usar a razão, a frieza, tomar decisões com base em reais necessidades de consumo e investimento, o que claramente não énada simples de ser feito. Mas existem“dicas” que ajudama deixar nossa vida inan- ceiramais racional: Quandosentir vontadede comprar, pergunte-se: euquero? Eu posso? Eu DEVO/PRECISO comprar? Muito provavelmente a resposta das duas primeiras perguntas será SIM, mas, a res- posta da terceira questão trará racionalidade à sua decisão. Outra dica é: deixe para amanhã, não compre hoje. Vá para casa e, senodia seguinte, você sentir umalíviopor não ter gas- to aquele dinheiro ou por não feito um crediário, você con ir- mouque sua decisão era EMOCIONAL. Finalizodizendoque,utilizandoaracionalidadeemsuasde- cisões, você agregarámais critério ao consumo e, ao consumir commais critério, provavelmente lhe sobrarámais dinheiro. Boa sorte! Tire suas dúvidas: falandofacil @gmail.com Sérgio Biagioni Junior trabalhou mais de 25 anos no mercado nanceiro, é formado em Adm de Empresas, Pós Graduado em Banking, MBA em Controladoria e Custos. Cursa Pós Graduação na PUC-RS em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais. Atualmente é Mentor e Planejador Financeiro especializado em Pro ssionais Liberais, Pessoas Físicas e Finanças Familiares. QUEMÉOVILÃODE SEUSGASTOS? Razão ou Emoção? Família & Finanças Por Sérgio Biagioni Junior

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