23 de fevereiro de 2021

B1 diariodolitoral.com.br Terça-feira, 23 De fevereiro De 2021 Brasil + Mundo A Um avião da companhia Emirates, com remessa de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19, decolou na madru- gada de ontem (22) de Mum- bai, na Índia, e deve chegar a São Paulo às 6h55 desta ter- ça-feira. A aeronave deixou a cidade indiana por volta das 10h30 da manhã (horário lo- cal), o que equivale a 2h da madrugada de hoje no horá- rio de Brasília. A carga fará es- cala emDubai, nos Emirados Árabes, de onde decolará para São Paulo às 22h40 (horário local) - 15h40 de hoje (horário de Brasília). O voo chegará a São Paulo nesta terça demanhã e as va- cinas seguirão para o Rio de Janeiro, onde serão levadas para o Instituto de Tecnolo- Vacinas deOxford estão previstas para chegar hoje IMUNIZANTES. Avião com remessa de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca decolou ontem de Mumbai As doses da vacina foram produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia TÂNIARÊGO/AGÊNCIABRASIL gia emImunobiológicos (Bio- Manguinhos/Fiocruz). As doses foram produzi- das pelo Instituto Serum, par- ceiro da AstraZeneca na Índia emaior produtormundial de vacinas. Mesmo prontas, as vacinas precisarão passar pri- meiro por Bio-Manguinhos para que possam ser rotula- das antes de serem distribuí- das ao Programa Nacional de Imunizações. A importação de doses prontas é uma estratégia pa- ralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZene- ca e a Fiocruz. Para acelerar a disponibilidade de vacinas à população, 2 milhões de do- ses já foram trazidas da Índia em janeiro e está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a serem importadas. Além dos 2 milhões que che- gam amanhã ao país, mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses. Enquanto negocia a che- gada das doses prontas, a Fio- cruz trabalha na produção local das vacinas Oxford/As- traZeneca. Segundo o acor- do coma farmacêutica anglo- -sueca, a Fiocruz vai produzir 100,4milhões de doses de va- cinas até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ati- vo (IFA) importado. A primei- ra remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiromilhão de doses produzidona Fiocruz temen- trega prevista para o período de 15 a 19 de março. De acordo com a funda- ção, os dois primeiros lotes estarão liberados interna- mente nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção. “Com esses resultados, a instituição produzirá os três lotes de validação, cuja docu- mentação será submetida à Agência Nacional de Vigilân- cia Sanitária (Anvisa). Esses lotes somarão cerca de 1 mi- lhão de doses e seus resulta- dos serão enviados à Anvisa até meados de março”. Também está em anda- mento na Fiocruz o proces- so de transferência de tecno- logia para a produção do IFA no Brasil, o que tornará a fun- dação autossuficiente na pro- dução das vacinas. Aprevisão é que as primeiras doses com IFAnacional sejamentregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110mi- lhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões. (Matheus Herbert) Importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas pela Fiocruz A Quase metade (49%) dos pais de estudantes de esco- las públicasmunicipais e esta- duais não confia na capacida- deda instituiçãodeseadequar às normas de segurança sani- tária para evitar o contágio da covid-19 no retorno às aulas presenciais. Apenas 19% dis- seram que “confiam muito” na capacidade da escola nes- te quesito e 31% “confiamum pouco”. Em setembro, o índi- ce dos que não confiavam na segurança sanitária da escola era de 22%. Em relação ao comporta- mento dos estudantes, 43% dos pais não confiam que os 49%dos pais não confia na segurança sanitária de escolas A escola estadual Professor Milton da Silva Rodrigues, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo, retornou às aulas Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress alunos cumprirãoos protoco- los de segurança – índice era de24%emsetembro. As infor- mações sãoda “AgênciaBrasil”. Os dados são da quinta edição da pesquisa Datafolha “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, realizada com 1.015 pais ou responsáveis de alunos das redes públicas municipais e estaduais do país, com idade entre 6 e 18 anos, no período de 16 de novembro a 2 de de- zembro de 2020. Desde o ano passado, es- Apenas 19%disseram que ‘confiammuito’ na capacidade da escola neste quesito e 31% ‘confiam um pouco’, diz pesquisa colas de Norte a Sul do País foramfechadas e as aulas, sus- pensas em virtude da pande- mia de Covid-19. APRENDIZADO. Sete em cada dez entrevista- dos (69%) acreditam que, se as escolas continuaremfecha- das, as crianças dos anos ini- ciais do ensino fundamental terão um atraso em seu pro- cesso de alfabetização e pre- juízo no aprendizado. Sobre as crianças da pré-escola, 65% acreditamque elas terãoo seu desenvolvimentocomprome- tido. Em relação aos adoles- centes, para 58% dos pais, a para trás por teremmais difi- culdades de estudar em casa. Além disso, 47% dos en- trevistados dizem ter sofrido com a diminuição da renda familiar durante a pandemia. APOIODASESCOLAS. Para 79%dos entrevistados, as escolasderamapoioduranteo períodosemaulaspresenciais, principalmente nos anos ini- ciais do ensino fundamental (87%). De acordo como levan- tamento, o suporte consistiu principalmente em professo- resdisponíveispara tirar dúvi- das dos responsáveis, orienta- ções gerais sobre comoapoiar os estudantes para fazerem as atividades e sugestões para motivá-los a participar. Na percepção dos pais, fo- ram desenvolvidas habilida- des como usar a tecnologia para estudar e aprender, não desistir diante das dificul- dades e pesquisar e ampliar o conhecimento sozinho. (MH) percepção é a de que tenham problemas emocionais por causa do isolamento. O mes- mo percentual de pais (58%) acredita que os alunos do en- sino médio correm o risco de desistir dos estudos. Segundo a pesquisa, para os estudantesmais pobres, os prejuízos decorrentes da falta de aula presencial podem ser maioresdoqueamédia, jáque o acesso ao ensino remoto é desigual no Brasil. Para 80% dospais e responsáveis, émui- to provável que eles fiquem A Após a queda no número de infecções de Covid-19 devi- do a campanha de vacinação, o Reino Unido anunciou nes- ta segunda-feira (22) a flexibi- lização do lockdown a partir dodia8demarço. Oprimeiro- ministrobritânico, Boris John- son, apresentou o plano na- cional de reabertura gradual da economia. As informações são do “G1”. “Não podemos seguir in- definidamente comrestrições que afetam nossa economia, nosso bem-estar físico emen- tal, easoportunidadesdenos- sas crianças”, disse Johnson. O primeiro ministro também afirmou estar “confiante de que poderemos cumprir nos- sasmetas” na vacinação. Segundo Boris Johnson, a partir de 8 de março irão rea- brir escolas, creches e univer- sidades. Atividades ao ar livre, Covid-19: Reino Unido adota flexibilização de lockdown O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresentou o plano nacional de reabertura gradual da economia nesta segunda-feira MATTDUNHAM/ASSOCIATED PRESS como parques, e cafés estão restritasaapenasduaspessoas –senão foremdamesmacasa. Jáatividadesaoar livrecomaté seis pessoas de duas famílias serão permitidas a partir de 29 de março. O plano de rea- bertura prevê quatro etapas e o país só deverá avançar para a próxima fase quando espe- cialistas analisarem os dados epidemiológicos. (AlineFonseca) A A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Huma- nos, Damares Alves, falou no programa Brasil emPauta na “TVBrasil” sobre as principais realizações daPastanoanode 2021 e as previsões para este ano. Entre as novidades estão a intensificação do combate à violência contra a mulher, com a implantação do Plano de Enfrentamento ao Femini- cídio, prevista para o início de março. De acordo comDama- res Alves, só no ano passado o Ligue 180 registrou aumen- to de 39% no número de de- núncias de violência contra mulher. Segundo a ministra, tam- bém faz parte do combate à violência doméstica a am- pliação da rede de Casas da Mulher Brasileira, lugar que reúne diversos serviços de proteção como delegacia, psi- Damares anuncia plano de combate ao feminicídio cólogos e acolhimento para quem foi vítima de violência. De acordo comDamares, hoje o Brasil possui apenas 7 espa- ços como esse e ameta é criar 27 novos centros ainda este ano. A ministra fez um apelo às mulheres vítimas de vio- lência: “Nos procurem. Nós vamos até vocês”. BALANÇO. Damares Alves também fez umbalanço das ações desen- volvidas pela pasta nos últi- mos meses, em especial, du- rante a pandemia do novo coronavírus. O governo en- tregou cestas básicas e kits de higiene para indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. O objetivo era evitar que esses povos saís- semdo isolamento. “O nosso ministério distribuiu, direta- mente, em torno de 450 mil cestas básicas beneficiando inúmeras famílias indígenas”. Outramedida importante, segundo ela, foi a criação, em 2020, de novos canais de de- núncia comoWhatsApp (pelo número 61- 99656-5008), Te- legram (basta apenas digitar Direitoshumanosbrasilbot) e um aplicativo que inclusive funciona comvídeochamada em qualquer lugar do mun- do. (MH) Segundo ministra só no ano passado, o Ligue 180 registrou aumento de 39% no número de denúncias de violência contra mulher

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