26 de março de 2021
N a primeira pesquisa de opinião públi- ca destinada a aferir as tendências à sucessão ao governo paulista, realiza- da entre os dias 17 a 23 de março, constatou-se que no questionamento espontâneo o eleito- rado em sua grande maioria (80%) ainda não exterioriza preferência por qualquer nome ELEIÇÕES DISPUTAPELO GOVERNODO ESTADO nesse momento. Mas quando avançamos na direção das medições estimuladas, esse percentual declina a casa dos 32%, e as predisposições populares começam a ganhar corpo. Nesse contexto, podemos visualizar o candidato petista a presi- dência da república, Fernando Haddad, aparecendo na liderança e pontuando entre 21% e 24% das intenções de voto, se- guido pelo ex-governador Márcio França que oscila entre 14% e 16%, e os possíveis candidatos tucanos, João Doria e Geraldo Alckmin, aparecendo na terceira posição e variando nos intervalos de 11% a 15%. No segundo pelotão encontramos os nomes commaior associação ao cam- po bolsonarista, Paulo Skaf (7%), Arthur do Val (4%) e AbrahamWeintraub (2%), somando conjunta e aproximadamente 14% das escolhas. Quando nos dirigimos ao estudo de potencial de voto, através do método em escala, percebemos a grande rejeição a praticamente todos os postu- lantes, sendo que o índice daqueles que não aceitam sufragar na urna em 2022 os nomes avaliados nesse levantamento se manifestam na seguinte ordem: Márcio França (51%), Fernando Haddad (58%), Elvis Cezar (58%), Arthur do Val (59%), AbrahamWeintraub (59%), Geraldo Alck- min (63%), Paulo Skaf (64%) e João Doria (70%). Assim, podemos deduzir que tais indicadores apontam para a existência de uma repulsa generalizada a classe política como um todo. Outro dado que exibe a mesma inclinação refere-se aos 84% do eleitorado que pretende votar em alguém que represente a mudança em relação ao atual gestão do Governo do Estado de São Paulo, igualmente, podemos salien- tar que apenas 9% dos respondentes afirmam que votariam em um candidato apoiado pelo Presidente Jair Bolsonaro e 22% com certeza seguiriam a orientação de Lula. Portanto, a disputa pela chefia do executivo estadual se inicia sem favoritos com forte delineação, o que deixa o jogo aberto e com todas as alternativas postas sobre a mesa. Depois de sete mandatos consecutivos do PSDB, a agremiação sob a batuta de João Doria poderá enfrentar a eleição mais difícil destinada à manuten- ção do status de dirigir o ente federativo mais expressivo e poderoso da União. Avaliação Por Nilton Cesar Tristão GovNet/Opinião Pesquisa Haddad vence Doria e empata tecnicamente comFrança A pesquisa GovNet/Opi- nião Pesquisa questionou a preferência do eleitor em três possíveis cenários de segundo tur- no para o Governo de São Paulo: Fernando Haddad e João Doria, Márcio França e João Doria e Fernando Haddad e Márcio França. Em todas as situações propostas, o petista leva- ria vantagem numérica, porém teria empate técni- co com França. Veja como ¬icaria o resultado caso as eleições fossem hoje. Primeiro cenário. Em uma disputa entre PT e PSDB, caso o segundo turno da eleição para o Governo de São Paulo fosse hoje, o candidato Fernando Haddad teria 37,1% das intenções de voto contra o oponente João Doria, que teria 21,7% da preferência eleitoral. Já 35,7% anulariam o voto, enquanto 5,5% se disse- ram indecisos. Segundo cenário. Ha- ddad também levaria van- tagem numérica contra Márcio França, por uma margem bemmais aper- tada: 34,9% contra 33,6%, um empate técnico. França já foi governador de São Paulo, entre 2018 e 2019, após substituir Geraldo Alckmin (PSDB), que havia concorrido à presidência. Ele também disputou as eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2020, chegando em terceiro lugar no pleito municipal. Terceiro cenário. A pesquisa GovNet/Opinião Pesquisa também ques- tionou a possibilidade de uma disputa entre Márcio França e João Doria, em uma reedição do segun- do turno para o governo paulista em 2018. Nesse cenário, França ganharia de Doria por 41% a 25,4%. SEGUNDOTURNO 39,2 % HELOÍSABALLARINI /SECOM CANDIDATURA Doria lidera rejeição O possível candidato ao Governo de São Paulo em 2022 commaior rejeição popular é justamente o atual governador João Doria. De acordo com a pesquisa GovNet/Opinião Pesquisa, 39,2% dos consultados declaram que não votariam no tucano de jeito nenhum caso as eleições fossem hoje. A questão foi estimu- lada. Ou seja, foram apresentadas as opções de candidatos ao eleitor. Na sequência, o candidato commaior rejei- ção é o que lidera as pesquisas estimuladas de primeiro e de segundo turnos: Fernando Ha- ddad. O petista conta com a rejeição de 11,82% do eleitorado. Ex-ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Abrah- amWeintraub é o terceiro possível candidato ao governo paulista commais rejeição, apare- cendo nesse índice com 7,64%. Muito próximo a ele, com 7,27%, está o ex-governador Geraldo Alckmin. Na sequência, os mais rejeitados são Arthur do Val (Mamãe Falei) (5,4%), Márcio França (2,3%), Paulo Skaf (2,2%) e Elvis Cezar (1,1%). Quem respondeu nenhum ou que anularia soma 8,62%. Já 14,41% dos consultados se disse- ram indecisos em relação ao tema. (Bruno Hoffmann) CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO3 Os votos nulos seriam 27,2%, e os eleitores indeci- sos, 6,4%. Como no caso da consul- ta em relação ao primeiro turno, a margem de erro é de 3,4%, para mais ou para menos. O nível de con¬iança é de 95%. (Bruno Hoffmann) B4 diariodolitoral.com.br SEXTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2021
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