9 e 10 de outubro de 2021

Esta página faz parte da edição impressa produzida pelo Diário do Litoral com circulação em bancas de jornais e assinantes. AUTENTICIDADE DA PÁGINA. A auten�cidade deste documento pode ser conferida através do QR Code ao lado ou pelo site http://dldigital.com.br A3 diariodolitoral.com.br SÁBADO, 9 E DOMINGO, 10 DE OutuBrO DE 2021 Cidades A A Direção do Sindicato dos Servidores Estatutários Muni- cipais de Santos (Sindest) está acusando a Secretaria de Saú- de de Santos de permitir o su- cateamento das instalações e equipamentos do Serviço de AtendimentoMóvel deUrgên- cia(Samu).E,consequentemen- te, aqualidadedoatendimento prestado à população em fun- ção do desgaste dos profissio- nais que trabalhamno serviço. Conforme a entidade sin- dical, subsolo da sede central, na Rua Barão de Paranapiaca- ba, 241, nobairroEncruzilhada, sofreconstantes infiltraçõesde água e coloca em risco os pro- fissionaisdesaúdequenãopo- deriam estar vivendo em am- biente insalubre. Nos fundosdessepavimen- to,ondefuncionaumacozinha improvisada,háuma‘gambiar- ra’ (ligação elétrica improvisa- da e perigosa) com tomada para o pessoal simplesmente acender a luz, com risco de to- mar choque elétrico. “O local é totalmente insa- lubre”, diz o diretor do Sindest Carlos Alberto Reis Nobre, o ‘Carlinhos’. Ali ficam os profis- sionais lotados na sede e tam- bémosdopostodesativadono A fiação segue improvisada perto da cama em que descansam os profissionais do Samu de Santos DIVULGAÇÃO Sindest denuncia Samu sucateado SINDICATO. Na Rua Barão de Paranapiacaba, na Encruzilhada, há constantes infiltrações de água, arriscando a vida de profissionais Pronto-Socorro Central. OSindest já fezdiversasde- núncias contra a deterioração dosserviçospúblicosdesaúde. Carlinhos e o diretor Roberto DamásioBarbosa ‘Betinho’ es- tiveram no prédio na última quarta-feira (6), onde consta- taram várias irregularidades. Os dois afirmam que o mes- moaconteceemoutrospostos. Os diretores citam a base JoséRebouças, nobairroPonta daPraia, ondeasacomodações dos profissionais de saúde fi- camembaixodaarquibancada doginásiodocentroesportivo e recreativo. Nesse local, segundo eles, houve recentemente uma in- festação de ratos, combatidos de maneira tosca, com ratoei- ras e vassouradas. Mesmo as- sim, os roedores volta e meia aparecem por lá, causando si- tuações constrangedoras epe- rigosas. Outro ponto da ronda dos sindicalistas foi a ilhadeconve- niência localizada na esquina das avenidasVicentedeCarva- lho (praia) e Conselheiro Né- bias, onde as goteiras inviabili- zamos serviços. “Quando chove, o pessoal tem que ir para a sede da Ba- sede do Samu (Rua Barão de Paranapiacaba)possuiumaco- zinhanopavimentotérreo,que podeserusadapor todososco- laboradores, não havendo ne- cessidadedeusodeoutro local. Nomesmopavimento,tam- bémhá espaço para alojamen- to,repousoeconvívio,quepode serutilizadopelosprofissionais da base sede e também os da antiga base Central, que foi re- centemente desativada pois o espaçofoirequisitadopelaSan- ta Casa de Santos, proprietária do local. Sobre as infiltrações, diz que está emandamento umprojeto paraareformadotérreoedosub- solodoprédio (andares superio- res já passampor intervenção). ParaabasedaIlhaCriativajá foi solicitada reforma do telha- do, que será custeada pormeio de emenda parlamentar. A lici- taçãoparaaescolhadaempresa está emandamento. Com relação à base do Complexo Esportivo Rebou- ças, garante que o local é ade- quado para a atividade à qual é destinado. A aparição de ra- tos foi uma ocorrência pon- tual, que atingiu de forma ge- ral o complexo esportivo, e já solucionada. (CarlosRatton) rão de Paranapiacaba, naque- le subsolo infernal que passa a comportarassimtrêsequipes”, reclama Betinho. Nos próximos dias, eles vi- sitarão o Samu do bairro Jar- dimPiratininga, na entradada cidade, e o da Zona Noroeste. “Provavelmente, encontrare- moscobras”, ironizaCarlinhos. Após as visitas desta se- mana, o sindicalista oficiou ao chefe do departamento de atenção pré-hospitalar e hos- pitalar (Daphos), Devanir Paz, cobrando esclarecimentos e providências. OpresidentedoSindest, Fá- bio Pimentel, diz que o Samu “está na mão das traças. Pior, dos ratos. Querem sucateá-lo para terceirizá-lo, como fazem comtudo na cidade”. PREFEITURA. ASecretaria de Saúde esclarece que o edifício onde fica a base A AOSCAbraço,quedisputou evenceuochamamentopúbli- co em Cubatão para cuidar de idosos, tirando do páreo o Lar Fraterno–entidadequeatuahá 40 anos doMunicípio – come- çou a dar problemas. Na última quinta-feira (7), após denúncia, a Vigilância Sa- nitária Estadual esteve no abri- go improvisado num hotel na RuaGuarujá,200,exigindoade- quações. Estavam junto técnicos da Vigilância Sanitária Municipal, gestoresdas secretariasdeSaú- de e Assistência Social, e repre- sentantesdoConselhoMunici- pal do Idoso. Cubatão: Vigilância Sanitária fiscaliza abrigo ASecretaria deAssistênciaSocial garante que o atendimento aos idosos não está comprometido,mas umrelatório será apresentado Divulgação A Secretaria de Assistência Social garante que o atendi- mento não está comprometi- do, mas um relatório será rea- lizado em conjunto pelas duas autoridades sanitárias. A Prefeitura lembra que a identificaçãodosurtodeCovid foi feita imediatamente após a entrada do primeiro paciente no Pronto-Socorro Central, em 30de setembro. Coma determinação da Se- cretaria de Saúde, foram reali- zados testesemtodososmora- doresefuncionáriosdolocalea internaçãopreventivadeoutros 14 idosos, entre os quais, dois encontram-se ainda no Hospi- talMunicipal de Cubatão. OLarFraternoofereciaaten- dimentomultidisciplinar,fisio- terapia,terapiaocupacional,psi- cologia, nutrição, enfermaria, médico e outros. A referida en- tidade foi considerada inabili- tada, após avaliação de plano de trabalho pela comissão res- ponsávelpelochamamentopú- blico. CEV. Uma Comissão Especial de Ve- readores (CEV) está acompa- nhandooprocessodetransição naspolíticaspúblicasdeacolhi- mento de idosos e pessoas em situaçãode rua da Cidade. readorAlessandroOliveira(PL), e contou com a participação dosoutrosmembrosdacomis- são, Rodrigo Alemão (PSDB) e Tinho (Republicanos). Ao final, a Comissão deverá emitir um relatório e submetê-lo à apre- ciaçãodos demais vereadores. Afimdebuscarmaiortrans- parência a essa transição, os in- tegrantes da CEV procuraram esclarecer como se deu o pro- cessode escolha. Os vereadores questiona- ram os critérios técnicos esta- belecidos no processo de sele- ção e os motivos que levaram algumas organizações a serem inabilitadas. Outra questão levantada pelos parlamentares diz res- peito aos espaços físicos que passaram a abrigar os servi- ços, levando em conta a in- fraestrutura e as condições de trabalhosparaos funcionários danovaentidade. (CarlosRatton) Um dia antes da ação das vigilâncias, osmembros daCo- missão ouviram órgãos públi- cos, entidades e pessoas que participaram direta ou indire- tamente do processo de cha- mamentopúblicoqueescolheu OSCAbraço. A reunião foi conduzida pelo presidente da CEV, o ve- A Munícipes de Mongaguá reivindicamà secretariamuni- cipal de Saúde o atendimento daentregadoremédioemcasa às pessoas com deficiência ou acamadas. Isso porque amaio- ria das famílias não temdispo- nibilidadepara ir buscar na far- mácia da rede municipal que fornece os medicamentos de uso contínuo aosmoradores. Um exemplo é a dona de casaMariaLopes,de57anos,co- nhecidacomoMaju,moradora nobairroAgenor deCampos, e que temuma filha cadeirante. Para ela, o serviço é impor- tante, jáquea filhaécadeirante e há umano ela estava acama- da. “Não tenho como ir bus- car a medicação na farmácia, poisnãoháninguémpara ficar comela”. A sua filha Ana Luiza Lopes Gomes, de 19 anos, teve uma forte crise de sinusite e acabou sendo diagnosticada comme- ningite, em 2015. “Ela chegou a ficar commorte cerebral por quase 36 horas, mas ela acor- dou. E ficamos cincomeses in- ternadas em um hospital em Mongaguá: moradores reclamamda falta de remédios emcasa Prefeitura reconhece quemunicípio não dispõe do serviço de entrega NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL SãoPaulo”. Emabril de 2016, Ana Luiza teve alta e voltou para Monga- guá. Amãe diz que ela foi bem atendida pela rede municipal de Saúde, com fraldas, alimen- tação por sonda, ambulância e atendimento médico em casa. Hoje,acadatrêsmeses,elarece- be uma visita domédico. Nesteperíododepandemia, ficouaindamaisdifícilearrisca- dodeMajusairdecasacomafi- lhacadeirante,alémdeterpego a Covid-19. “Somente eu testei positivo da família, com sorte Ana Luiza e minha outra filha enetos nãopegaramovírus”. Ela vai até o posto de saúde para pegar a receita damedica- ção para a filha. “A farmácia é bemdistante, pois fica no bair- ro Vera Cruz. Se tivesse no pos- tode saúdedeAgenor deCam- pos, o acesso seria bem mais próximo”. Ana Luiza faz ainda fisio- terapia, mas é uma conhecida de São Paulo que a ajuda pa- gar uma profissional em casa. “Estou vivendo com o auxílio e a doação de familiares para Lembra ainda que foram aprovadososprojetosde leiRe- médio em Casa, em junho de 2018, eoquetratadacriaçãodo Banco de Medicamentos, em marçode 2018, ambosde auto- riadoex-vereadorLucianoLara. Apesardeteremsidoaprovados pelaCâmaradomunicípio,não foramsancionados e nemexe- cutados. ACESSIBILIDADE. A falta de acessibilidade nas ruas do bairro e no centro de Mongaguá é outro problema. “Ana Luiza sempre pede para dar uma volta até a pra- cinha do bairro, mas o calça- mento da rua é horrível e não tem acessibilidade”, diz Maju. Segundo ela, até no centro da Cidade é difícil andar coma ca- deira de rodas. A jovem teve que fazer os óculosemumaótica,nocentro. PREFEITURA. A prefeitura de Mongaguá reconhece que o município não dispõe do serviço de en- trega domiciliar. Diz que há manter a casa e pagar o alu- guel, já que não posso sair para trabalhar”. Oauxíliodoença à filha por meio do INSS, segundo Maju, aindanãosaiu. Amãe também nãorecebeasuaaposentadoria porquenãotemaidadeparare- ceber o benefício. “Já foi feita a últimaperíciadoINSSetudoin- dica que vai sair o auxílio, após seis anos”. A cuidadora de idosos Pris- cilaFontesdoPrado,de32anos, do bairro Vila São Paulo, conta que sua sogra temAlzheimer e não pode ir na farmácia. “A lo- comoção dela é difícil até para fazerosexamesnopostoenão possodeixar ela sozinha”. estudos técnicos e orçamen- tários para tal implantação, mas sem previsão de data. Mas que está em fase final de implementação as farmácias satélites, que serão instaladas nas nove Unidades de Saúde da Família, descentralizando o serviço. Diz ainda que o interessa- dodevecompareceràFarmácia Central, na avenida São Paulo, 3.570 no Vera Cruz, munido da documentaçãopessoal,prescri- ção médica, comprovante de residência em nome próprio e Cartão SUS, para realizar o ca- dastroeserinseridonosistema de dispensaçãodoMunicípio. Sobre a falta de acessibili- dade, afirma que as vias que possuemdesenhos específicos como áreas comerciais, orla da praia e praças, à medida que sãorealizadasmelhorias,háim- plantação de estruturas para acessibilidade.Nasdemaisvias, aresponsabilidadepelacalçada ficaacargodoprópriomorador. E que os ônibus do transporte públicopassamporfiscalização periódica. (NayaraMartins)

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