13 de janeiro de 2022

Esta página faz parte da edição impressa produzida pelo Diário do Litoral com circulação em bancas de jornais e assinantes. AUTENTICIDADE DA PÁGINA. A autenticidade deste documento pode ser conferida através do QR Code ao lado ou pelo site http://dldigital.com.br A7 diariodolitoral.com.br Quinta-feira, 13 De janeiro De 2022 Brasil + Mundo A O ministro da Saúde, Mar- celo Queiroga, afirmou ontem (12) que o recente aumento do número de casos de covid-19 no país está relacionado às fes- tasde fimdeano, oque, segun- do ele, não foi algo estimulado pelo governo federal. Segundo Queiroga, ainda nesta semana, ogovernoapresentaráumapo- sição oficial sobre uma “even- tual política para a aprovação dos autotestes”, o que poderá ampliar a capacidade de testa- gempor meio de exames a se- remadquiridos emfarmácias. Queirogadisseque, emreu- nião na terça (11) comominis- tro da Economia, Paulo Gue- des, obteve garantias de que não faltará suporte para esta- dosemunicípios, seaumentar a pressão sobre o sistema hos- pitalar e for preciso habilitar mais leitosdeterapiaintensiva. “Ele [Guedes] deixouclaroque saúde e economia têm de an- dar de braços dados”, resumiu Sobre o recente aumento do número de pessoas conta- minadas pela variante Ômi- Sobre os casos deÔmicron, oministro confirmou que as unidades básicas de saúde (UBSs) vêmrecebendo númeromaior de pacientes Marcos Corrêa/PR Ministro relaciona aumento de casos a festas de fimde ano COVID-19. SegundoQueiroga,ogovernoapresentaráumaposiçãosobreuma“políticaparaaaprovaçãodosautotestes” cron, o ministro confirmou que as unidades básicas de saúde (UBSs) vêm recebendo número maior de pacientes. “Isso é fruto das festas de fi- nal de ano, que não foram es- timuladas pelo governo fede- ral”, afirmou. Queiroga lembrou que o Brasil conta com 58 mil UBSs e 53 mil equipes de saúde da família, e que, com a amplia- ção orçamentária, de R$ 17 bi- lhões para R$ 25 bilhões, opaís terá condições de enfrentar a pandemia. Ele reiterou que o vírus está sofrendo mutações ecriandodificuldadesnomun- do inteiroeque, nesse sentido, aprincipal açãodeveseracam- panha de vacinação visando à ampliação da dose de reforço. “Sabemos que os indivíduos que não têm o esquema vaci- nal completo têm mais chan- cesdedesenvolver formasgra- ves da doença.” O ministro alertou, no en- tanto, que, para o sucesso des- se enfrentamento, énecessária a colaboraçãodeestados emu- nicípios, principalmente com relação ao avanço nas aplica- çõesdasegundadoseedadose de reforço. Queiroga chamou a atenção para a situação de al- guns estados, principalmente da Região Norte, onde os ní- veis de aplicação da vacina es- tão baixos. “Há estados lá com baixo nível de aplicação de se- gundadoseedadosedereforço. É preciso ampliar no Pará, Ma- ranhão, Amapá, emRoraima e noTocantins e emManaus. No Paráassistimosaoaumentono número de hospitalizações e óbito.” Queiroga disse que assiste- -se ao aumento do número de casos, mas ressaltou que ainda não há pressão sobre os esta- dos.“Onúmerodeóbitosainda está emumpatamar aceitável, se é que se pode aceitar óbito. Estamos ampliando os testes. Emjaneiro, vamosdistribuir28 milhões de testes rápidos, sen- do13milhõesatéodia15.Emfe- vereiro,temosperspectivacon- creta de 7,8 milhões de testes”, acrescentou. (AB) Atendimentos à distância disparam no Brasil A Diante da explosão de casos de covid-19 e influen- za nas últimas semanas, o número de atendimentos médicos a distância - tele- medicina - dobrou a cada 36 horas, informou a Saú- de Digital Brasil, associação que reúne 90% do mercado do setor no país. A organização informou que os teleatendimentos semanais para casos de in- fluenza e covid saíram de 7 mil para 15 mil entre o Na- tal e o Ano Novo. Nos primeiros dias de janeiro o número chegou a cerca de 50 mil consul- tas. Para Guilherme Wei- gert, do Conselho Admi- nistrativo da Saúde Digital Brasil, a teleconsulta traz benefícios ao paciente. A teleconsulta só foi autorizada no contexto da pandemia de covid-19 para facilitar o acesso aos profis- sionais de saúde. Porém, a prática ainda precisa ser regulamentada pelo Congresso Nacional. (AB) COVID E INFLUENZA A O presidente Jair Bolso- naro (PL) minimizou, nesta quarta-feira (12), os impactos da ômicron no Brasil e su- geriu que variante é “bem- -vinda”. “[A] ômicron, que já espa- lhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que enten- demdeverdadedizem: queela temuma capacidade de difun- dir muito grande, mas de leta- lidade muito pequena”, disse Bolsonaro,ementrevistaaosite Gazeta Brasil. “Dizematéque seriaumví- rus vacinal. Deveriam até... Se- gundo algumas pessoas estu- diosasesérias-enãovinculadas a farmacêuticas -dizem que a ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pande- mia”. Bolsonaro sugere que variante é ‘bem-vinda’ Bolsonaro alegou ainda que a variante “não temmatado ninguém” Marcos Corrêa/PR Omandatário alegou ainda que a variante “não temmata- do ninguém” e que o registro deóbitoemGoiás, jáconfirma- do como decorrência de infec- çãopelaômicron, seriadeuma pessoaque játinha“problemas seríssimos”. O paciente, de 68 anos, era hipertenso e tinha doença pul- monar obstrutiva crônica. Numa nova ofensiva para jogar dúvidas sobre vacinas, Bolsonaro disse ainda que de- terminou aoministroMarcelo Queiroga (Saúde) a divulgação de casos de efeitos colaterais causados por imunizantes. Apesar da fala de Bolsona- ro, especialistas destacam que a ômicron, embora aparente- mente menos letal, traz riscos de nova sobrecarga aos siste- mas de saúde. Os últimos dias no Brasil têm sido marcados por alta procura de testagem e por diversos registros de pes- soas infectadas pela variante -mesmo vacinadas ou que ti- veramCovid anteriormente. Ahipótesedequeavariante representeodeclíniodapande- mia é um dos cenários avalia- dos por epidemiologistas, mas nãooúnico. Elesdestacamque o vírus ainda pode sofrer mui- tas mutações, e não se sabe se elas tornarãoadoençamaisou menos grave. Atéomomento,aexpansão da ômicron reina sobre as ou- tras variantes por onde passa. Porcausadanovacepa, omun- do vem registrando números próximos a 2milhões de casos por dia, quantidade muito su- A AAlemanha relatou 80,43 mil novas infecções por co- ronavírus nesta quarta-feira (12), maior número registra- do em um único dia desde o início da pandemia. A varian- teÔmicron atinge população com taxa de vacinação mais baixa do que em outras par- tes da Europa. O recorde diário anterior, em 26 de novembro, foi de mais de 76 mil casos. Onúmero de infecções na Alemanha é agora de 7,66mi- lhões. O número de mortes também aumentou em 384 hoje, chegando a 114,73 mil. Pouco menos de 75% da população alemã recebeu pelo menos uma dose de va- cina contra covid-19, segundo os últimos números do Insti- tuto Robert Koch para doen- ças infecciosas. A taxa de incidência de Alemanha bate recorde com mais de 80mil casos diários O número de infecções na Alemanha é agora de 7,66 milhões. O número de mortes chegou a 114,73 mil DIVULGAÇÃO sete dias, medida fundamen- tal para a decisão da política de combate ao coronavírus, aumentou constantemente desde o início do ano, che- gando a 407,5 casos por 100 mil pessoas nesta quarta-fei- ra, contra 387,9 ontem. (AB) A As fortes chuvas quehá se- manas atingemMinas Gerais causarammais cinco mortes ao longo desta terça-feira (11), elevando para 24 o total de óbitos registrados no esta- do desde o início de outu- bro, quando teve início a atual temporada de chuvas – que, este ano, começou um mês antes que o habitual. O número de pessoas que já perderam as vidas divulga- do pela Defesa Civil estadual não inclui as dez mortes cau- sadas pelo desprendimento de um bloco de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), noúltimosábado (8). Ascausas desta tragédia ainda estão sen- do apuradas, mas autoridades estaduais já anteciparam que partedoparedãorochosopode ter ruído por efeito da ação das águas. Até as 10 horas de terça-fei- MG: sobe para 24 número de mortos devido às chuvas ra (11), a Defesa Civil estadual já contabilizava 19 mortes (sem levaremcontaatragédiadeCa- pitólio). Desde então, foramre- gistrados dois óbitos na cidade dePerdigão;umemContagem; um em Ouro Preto e um em SantanadoRiacho, totalizando 24 vítimas fatais. Em Santana do Riacho, na região central do estado, um homemde 47 anos morreu ao ser atingido por um raio en- quantopraticavaescalada,com um grupo de amigos, na Serra do Cipó. Em Ouro Preto, bom- beiros localizaram o corpo de um homem que estava soter- radodesdeoúltimosábado (8), quando duas casas desabaram noBairro Santa Cruz. Já em Contagem, a vítima, também um homem, foi atin- gida por um muro que cedeu e caiusobre elanobairroPedra Azul. Por fim, em Perdigão, as vítimas são duas mulheres, de 55 e 79 anos, cujo carro caiu e afundouemumcórregopróxi- mo aoPovoadoCanjicas. Outras 13 cidades mineiras já registrammortes emfunção das chuvas ou de suas conse- quências: Brumadinho (5); Ca- ratinga (2); Dores de Guanhães (2); Belo Horizonte (1); Betim (1); Coronel Fabriciano (1); En- genheiro Caldas (1); Ervália (1); MontesClaros(1);NovaSerrana (1);Pescador(1);SãoGonçalodo RioAbaixo(1)eUberaba(1). (AB) O número de pessoas que já perderam as não inclui as dez mortes de Capitólio (MG) Omandatário afirmou que “quasezero,umnúmeromuito pequeno”decriançasteriamor- rido de Covid no Brasil. “E esse número pequeno ainda tinha o fato de criança com comor- bidade”. Corrigido pela entrevista- dora, que ressaltou que mais de300criançasmorrerampela doença, Bolsonaro manteve a oposição à imunização desse público. Ele então disse ter de- terminado a Queiroga que di- vulgue os casos de efeitos cola- terais registrados por conta da vacinaçãonopaís. “Tudo bem, não vou ques- tionar. Vamos partir do prin- cípio que os números estão certos. Justifica a vacinação? Eu cobrei ontem do ministro Queiroga, da Saúde, a divulga- ção das pessoas com efeito co- lateral. Quantas pessoas estão tendo reações adversas noBra- silpós-vacina?Quantaspessoas estão morrendo também por outras causas que são credita- das à Covid?”, questionou. (FP) perior à das ondas anteriores da doença. Além do mais, uma das ex- plicações para a aparente me- nor letalidade da ômicron é a atual alta cobertura vacinal. Bolsonaro,apesardisso,tem questionado a eficácia de imu- nizantes. Ele garante que não vaitomarvacinaeseopõe,con- tra as recomendações de espe- cialistas eórgãos comoa Socie- dade Brasileira de Pediatria, à expansão da campanha de va- cinação para crianças de cinco a 11 anos. Na entrevista desta quarta, o presidente voltou a criticar a imunização infantil, que deve começar aindanestemês.

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