2 de julho de 2022

Esta página faz parte da edição impressa produzida pelo Diário do Litoral com circulação em bancas de jornais e assinantes. AUTENTICIDADE DA PÁGINA. A autenticidade deste documento pode ser conferida através do QR Code ao lado ou pelo site http://dldigital.com.br A2 diariodolitoral.com.br SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2022 (13) 3301-9777 editor@diariodolitoral.com.br publicidade@diariodolitoral.com.br twitter.com/diariodolitoral facebook.com/diariodolitoral instagram.com/diariodolitoral youtube.com/diariodolitoral 13. 99149-7354 JORNAL DIÁRIO DO LITORAL LTDA . Fundado em / / . Jornalista Responsável: Alexandre Bueno (MTB /SP . Agências de Notícias: Agência Brasil (AB), Agência Estado (EC), Folhapress (FP), Associated Press (AP), GB Edições (GB), Agência Senado (AS), Agência Câmara (AC) . Comercial, Parque Grá†co e Redação: Rua General Câmara, „… - Centro - Santos CEP: ˆˆ.ŠˆŠ‹ˆ„„ - Fone: ˆ . Š ‹„ Šˆ . São Paulo: Rua Tuim, ˆŠˆ‹A - Moema, São Paulo - SP - CEP Š…ˆ ‹ ˆŠŠ - Fone: ˆˆ. „Ž‹ ŠŠ . Matérias assinadas e opiniões emitidas em artigos são de responsabilidade de seus autores. Fundador - Sergio Souza sergio@diariodolitoral.com.br Diretor Presidente - Alexandre Bueno alexandre@diariodolitoral.com.br Diretora Administrativa - Dayane Freire administracao@diariodolitoral.com.br Editor Responsável - Arnaud Pierre editor@diariodolitoral.com.br Site e redes sociais site@diariodolitoral.com.br Fotogra†a fotogra˜a@diariodolitoral.com.br Publicidade publicidade@diariodolitoral.com.br - marketing@diariodolitoral.com.br Financeiro ˜nanceiro@diariodolitoral.com.br Grá†ca gra˜ca@diariodolitoral.com.br Telefone Redação - ˆ . Šˆ‹Ž Telefone Grá†ca - ˆ . Š ‹„ Šˆ Site - www.diariodolitoral.com.br FALE COM DIÁRIO Informação é Tudo Somos Impresso. Somos Digital. Somos Conteúdo. Diário do Litoral - anos Jornal Associado: Edição digital certificada: GRUPO GAZETADES.PAULO ARNAUD PIERRE COURTADON Editor Responsável DAYANE FREIRE Diretora Administrativa SERGIO SOUZA Fundador ALEXANDRE BUENO Diretor Presidente N ote bem! Não foi por errode gra¦ia que a palavra brasil foi escrita emminúsculo. Aindanestes dias, os jornais noticiamque a ¦ila de famílias à espera dobene¦íciode que carecem desesperadamente atingiu amarca espantosa de 2,8milhões. Issomesmo! Obene¦ício é criado,mas nãoprocessado. Lembra as longas ¦ilas formadas às portas da Previdência Social, nas quais se vendiamsenhas para o segurado conseguir entrar na ¦ila. Sóumbrasilminúsculo seria capaz de tratar desse modoos desamparados, a quema ConstituiçãoCidadã conce- deu assistência social. Quando será odia d e a hora hda concessãodobene¦ício? Ou,mais propriamente, emquemomento a família receberá a quantia que lhe foi destinada legalmente e que, portanto, não é umfavor doGoverno. Todos sabemos que oprocessamentodessas prestações seria extremamente simpli¦icado se o cadastroo¦icial da comunidade protegida tivesse sido elaboradopara valer. Sãobemconhecidos e identi¦icados os pobres. Receberam– quase setentamilhões de pessoas – o auxílio emergencial. Tudodevidamente cadastrado, semnenhuma dúvida sobre tal fato. É claro, houve fraudes. E as fraudes foramdetectadas comconsequente saneamentodo cadastro. Ocorre que oCadastroÚniconãopassa de ¦icção. Não é único, porque semultiplica como cogumelos. Antes, deve haver oCPF; quiçá oTítulode Eleitor (que, agora, nãopode ser emitido porque operíodo eleitoral se avizinha). E assimpor diante. E, do impasse deliberado – e, aoparecer, propositado, do cadastrodos descadastrados – se chega a essa ¦ila paralisada, na qual os que esperam, desesperam. Falta dinheiro?Não, conquantoo Fundode Combate e Erra- dicaçãoda Pobreza tenha sidobrutalmente esvaziado. Falta estrutura?Não, pois os bancos o¦iciais e a própria Previ- dência estão acostumados a processar bene¦ícios. Aexistência da ¦ila retira amáscara de umestadoque se quer moderno; que se pretende per¦ilado comasmaiores economias domundo (é a quinta, oitava, nona oudécima segunda?) que quer ingressar no clube dos grandes, semfazer a liçãode casa para comos pobres demarré,marré,marré. Veja-se, a só existência da ¦ila retira amáscara da e¦iciência comque se queremclassi¦icar os programas sociais brasileiros. Não é irônicoque quemcuida (ou, deveria cuidar disso) te- nha onome deMinistérioda Cidadania?Que cidadania é essa? Umser políticoquemorreuhá trinta anos fez para os outros e para simesmo essa pergunta: que país é esse? Ah! Há coisas que funcionam. Ainda que demodo estra- nhável, assimque alguémé aposentadopelo INSS recebe uma oferta de empréstimo consignado.Mas, esta é sóumanota de rodapé. Como seria bomse esses pobres pudessemse unir numa ¦ila ¦ísica demuitos quilômetros – a teoria das ¦ilas visivelmente poderia explicar as diversas razões pelas quais essa chegou a tanto e, aqui, por brevidade, podemos identi¦icar uma delas: incompetência – e se colocassememmarcha rumo à Cidadania para, demãos estendidas, reclamarememalto e bomsomos seus direitos constitucionais, alémde trato conforme a dignida- de inerente à toda a pessoa humana. A ¦ila teriamais doque odobroda extensãoque liga oOia- poque aoChuí! Respeitada, é claro, a distância regulamentar exi- gida pelas regras sanitárias do atual estadode pandemia. Todos, devidamentemunidos das essenciaismáscaras protetoras. Nas vezes emque já se comentou a problemática das ¦ilas, algo frequentenos programas sociais, e, dentre eles aqueles que colocamemriscoobemmaior – a vida – do cidadão, como são as ¦ilas de transplantes, constatava-se a perene permanência de umEstado cujas engrenagens apresentam-se comaquiloque as escrituras denominam“a lepra das estruturas” quase comoum mecanismodefeituosoque sempre, e emtodoo lugar, operana sistemática exclusãodosmais pobres. E se os sistemas informáticos estivessemligados e inter- ligados demodopleno? E se equipes especiais, formadas por snipers dobemque, comprecisosmovimentos, trabalhassem dia enoite para a imediata outorga dos bene¦ícios emprol das milhões de famílias que clamampor auxílio? É evidente que falta articulação aos programas sociais, a começar pela já indicada e precária con¦iguraçãodos bancos de dados. Overdadeiro cadastroúnico, quer seja oCPF comnome modi¦icadopara CPH, cadastroda pessoa humana; quer seja qualquer outro, comoo social security carddos americanos; tambémpode surgir de ummutirão semelhante àqueles que a ¦inada LBA realizada periodicamente para lançar no registro civil osmilhares denascidos não registrados. Oantigo computador central daDataprev tinha o apelidode “burrão”. Hoje, amemória doburrãonão comportaria todos os dados dos pobres –mais de trintamilhões, segundoos recentes registros –mas osmesmos pressupostos de cadastramento, elementares, seguemservindopara essa utilidade essencial. Qualquer agência doCorreio, qualquer casa lotérica, qual- quer loja de departamentos, poderia ser chamada a alimentar o cadastroúnico, comos devidos cuidados de proteçãode dados. Eis oque falta para obrasil ganhar a letramaiúscula: que se levante do eternoberço esplêndido emarche junto comos milhões de desamparados rumo a umfuturomelhor. Haddad no primeiro turno e Lula lá! Terezinha Cicconi, sobre: Haddad lidera pesquisa Datafolha ao Governo de São Paulo Depois do Dória não duvido de mais nada. Juliana Palomino sobre: Haddad lidera pesquisa Datafolha ao Governo de São Paulo Só Tarcísio pra dar jeito no estado de São Paulo! Sergio Mohamed Amin, so- bre: Haddad lidera pesqui- sa Datafolha ao Governo de São Paulo POST IMPRESSO Este espaço é destinado a você, leitor-internauta, para reclamar, comentar, sugerir, interagir... sobre seu bairro, sua cidade, nossas matérias, enfim, ele foi desenvol- vido com o objetivo de ser a voz da população. Só há um pedido: que atentem às palavras. As expres- sões ofensivas - que não sugerem melhorias à população - não poderão ser publicadas devido à nossa função pública. Comente em nossa página no Facebook. CHARGE A s TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicaçãomudarama vida. Fala-se hoje na era “¦igital”, ou seja, algo que é simulta- neamente ¦ísico e digital. Também se invoca a vida “onlife”, contração de online com life, vida. Nembemnos acostumamos com isso e chega o metaverso. Depois da pós-verdade, que é o reino das fake News, atingimos omomento pós-presencial. A distância ¦ísica deixou de ser empecilho. Vê-se nas conversas que se po- demmanter amilhares de quilômetros de distância, com perfeição de imagemque seria inimaginável há algumas décadas. As cirurgias feitas à distânciamultiplicamas possibilidades de tratamento e cura de inúmeras enfer- midades. Recentemente participei de escritura lavrada em tabelionato, sem sair de casa. Muitas outras novidades surgirão. O Pix é uma realidade da qual já nos servimos comdesenvoltura. O Banco Central apurou que emde- zembro de 2020, foramefetivados 1,4 bilhão de pagamen- tos instantâneos. Quasemetade disso foi realizado entre pessoas ¦ísicas: “person-to-person” ou P2P. Veja-se o que aconteceu comos bancos. Hoje abre-se conta pela internet, faz-se transferência, pagamento, apli- cação. As agências desaparecem. Há uma conhecida e po- pular instituição bancária que resolveu ingressar no ramo da construção civil e faz incorpo- rações, pois sobraram inúme- ros imóveis antes ocupados por agências hoje desnecessárias. Impressionantes as mudan- ças. Ometaverso é umambien- te 100% online, que vai inten- si¦icar a noção de smart cities, as cidades inteligentes, com interligação integrada de todos os sistemas operacionais. Trân- sito, iluminação, fornecimento de água, gás e luz, veículos autônomos e tanta coisamais que sequer imaginamos. Só que isso convive com trinta e três milhões de semelhantes passando fome, comviolência intensi¦icada pelo uso de armamento pesado, coma disseminação de inverdades surreais, como o terraplanismo, a conspira- ção xenófoba, a exclusão demilhões de seres humanos, privados domínimo existencial necessário à fruição da dignidade. É urgente levar a sério a educação digital. Conclamar todos os humanos de boa vontade e lucidez a se devo- tarema essa causa da paci¦icação. O de que o Brasil tem falta é de respeito, solidariedade e amor. Isto a Quarta Revolução Industrial não consegue fazer, semo investi- mento pessoal de cada um. *JoséRenatoNalini, reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-gra- duação da UNINOVE e Presidente da Academia Paulista de Letras ARTIGO José Renato Nalini Estamos na era ‘figital’ As longas ˜las da pobreza e o ‘auxílio brasil’ INFORMAÇÃO É TUDO www.diariodolitoral.com.br *Wagner Balera, professor titular de Direito Previdenciário e de Direitos Humanos na Faculdade de Direito da PUC-SP

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