27 de setembro de 2020
D iário dolitoral.com.br maissantos.com.br 27 REVISTA E PORTAL WWW.MAISSANTOS.COM.BR FOTO: DIVULGAÇÃO/FIOCRUZMG Fase de escalonamento de produção teve início na Unicamp e expectativa é que testes em humanos comecem no início de 2021 Foto: Reprodução Foto: Divulgação/Paulo Cavalheri Avança a elaboração de vacina spray nasal para Covid-19 Por Liana Coll (*) C ientistas da USP e da Unicamp es- tão desenvolvendo uma vacina por spray nasal contra a Covid-19. A vacina traz diversas vantagens em relação ao método injetável, incluin- do a atuação direta na mucosa nasal, que é uma das principais portas de en- trada do novo coronavírus no organismo humano. Dessa forma, a perspectiva é que aconteça a eliminação do ví- rus já no canal de entrada. A vacina está em fase de testes pré-clínicos, em camundon- gos, e segue para a etapa de escalonamento da produção, realizada na Unicamp. O escalonamento da pro- dução, conforme a professora Laura de Oliveira Nascimen- to, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, que encabeça esse processo, é o momento em que se busca testar se a vacina, desenvolvida em escala laboratorial, pode ser produzida em maior escala, processo que é essencial para um produto que se pretende lançar comercialmente. “Existem hoje diversas formulações de vacinas eficazes, publicadas e em escala laboratorial. Mas nós sabemos que o escalonamento nem sempre é viável e por esse motivo diversas vacinas não são comercializadas, por não serem escalonáveis”, elucida. A concepção da vacina da USP e da Unicamp, diz Laura, desde o princípio, incorporou a preocupação com uma formulação que possa ser aplicável para a população. Para a pesquisa- dora, a experiência do líder da equipe, o professor da USP Marco Antonio Stephano, foi fundamental na concepção de produção industrial. “Desde o começo, ele e a equipe estão produzindo uma formulação que possa ser produzida de maneira rápida e em larga escala”, observa. O desafio nessa fase do escalonamento, se- gundo a professora, é manter as características físico-químicas da vacina, que utiliza uma formu- lação baseada em polímeros nanoestruturados, ou seja, que têm uma faixa de tamanho específica em escala nanométrica. Professora Laura: população tem pressa SAÚDE
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NTg0OTkw