14 de novembro de 2021
maissantos.com.br 58 A disfunção erétil, ainda tratada como tabu por muitos, émais comum do que se imagina: segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 50% dos homens acima de 40 anos têm alguma recla- mação em relação às ereções. E como em todo assunto delica- do, muita informação acaba sendo ignorada, ora por vergonha, ora por falta de acesso à informação. Embora sua consequência mais evidente se dê durante o ato sexual, ela pode ser indício de outros problemas e deve ser vista como um alerta. Com causas psicológicas e or- gânicas, a disfunção erétil é um dos marcadores para doença cardíaca e em alguns casos pode preceder o in- farto. Por isso, o problema deve ser analisado por um cardiologista. Diante de um quadro desse tipo, o urologista deve encaminhar o pa- ciente ao cardiologista. A artéria que vai para o pênis é mais fina do que a artéria aorta, por exemplo, mas se a aorta entope, o sangue chega em menor quantidade no órgão e já pode indicar que há lesões cardíacas não detectadas. Por isso, é importante que os médicos sempre avaliemo quadro do indivíduo de uma maneira global. Um estudo da American Heart Association feito com 1.519 pacien- tes em 13 países mostrou que há relação entre a ereção deficiente e a aterosclerose – artéria complacas de colesterol emseu interior –, que pode causar doenças cardíacas. A pesquisa mostra que homens com disfunção erétil têm cerca de duas vezes mais chances de ter um ataque cardíaco. Além do preconceito que ainda gira em torno da disfunção, o pa- ciente muitas vezes fica atrelado a outro mito: o uso de medicamentos para driblá-la. Remédios como Viagra, Cialis e Levitra têm a fama de serem prejudiciais para o coração, o que não é comprovado cientificamente. Esses medicamentos podem, inclusive, serem tomados por pa- cientes que já tiveram infarto. A única restrição para pacientes com doença no coração é para aqueles que tomam remédios que levam nitrato na fórmula. Quando esses medicamentos são combinados com os estimuladores de ereção, um dos efeitos colaterais é a queda da pressão, que pode cair a ponto de o paciente falecer. Fora isso, não há riscos para nenhum tipo de paciente. Esses remédios não elevam o risco de desenvolver uma doença. Outro ponto importante é o res- peito à dose máxima recomendada. Ultrapassar essa quantidade causa uma amplificação dos efeitos colate- rais, como dor de estômago, de cabe- ça e rubor facial. Não há por que tomar mais que o indicado, já que aumentar a dose não aumenta a ereção. É importante dar atenção para esse quadro, já que que qualquer sinal que indique uma doença no coração pode garantir a prevenção e trata- mento mais rápido e eficaz.
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