21 de novembro de 2021

maissantos.com.br 28 M esmo emmeio à dor de tan- tas perdas provocadas pela Covid-19, a pandemia fez acelerar algumas boas práticas. Uma delas é a solidariedade. Nunca pre- cisamos tanto uns dos outros. E um exemplo bem-sucedido dissomostra onde a mão do amor se estende em forma de uma Cesta Amiga. De acordo com Luciana Blanco, que coordena o projeto que envol- ve a distribuição de cestas básicas a famílias carentes, a intenção de fazer o bem ganhou ainda mais força em tempos pandêmicos, sem emprego ou maiores perspectivas para muitas pessoas em vulnerabilidade social. “Nosso envolvimento em ações sociais teve início nos anos 90, quan- do o Quarentenário, em São Vicente, começou a crescer. A saudosa Irmã Dolores atuava emprol da comunida- de. Muitas outras iniciativas se suce- deram, aumentando e agregando os contatos com diversas comunidades da Baixada, e seus líderes. Mas foi na pandemia e atuando junto a outros projetos que vimos a necessidade de criar um nome e montar uma página em redes sociais”, conta. Quanto às comunidades assisti- das, são oriundas de palafitas, como a Vila Gilda, Sambaiatuba e México 70, além de morros como a Vila Pro- gresso. O número de famílias aten- didas varia a cada mês, entre 100 e 500 cestas. “Nos meses mais fracos, doamos mais de forma pessoal. É sazonal: quando há períodos demaior comoção, arrecadamos mais. Agora, com a anunciação do final da pande- mia, está bem mais difícil”, explica. E quem recebe? Luciana lembra que o público é cíclico e dinâmico. “Por isso trabalhamos com cadastros atu- alizados. Nós sempre vamos conhecer presencialmente a situação das famí- lias atendidas e orientamos os líderes a preencher a lista dos cadastros em ordemque priorize as famílias emque nenhum integrante trabalhe e tenham o maior número de crianças”. Essa oscilação das condições eco- nômicas das famílias permite algumas constatações. “É interessante como essa listagemmuda, pois muitas ve- zes, numa família seu provedor perde o emprego, e noutra alguémcomeça a trabalhar. Isso altera a lista de priori- dades. Mas só conseguimos lidar com essa transparência, graças a nossa atuação presencial, e também aos nossos contatos de confiança nessas comunidades”, frisa. Vários alimentos. E dinheiro também Luciana faz questão de lembrar que não está sozinha. Ela conta com apoios importantes na empreitada: as voluntárias Gladis – sua mãe -, e as amigas Bruna Rauscher e Moni- que Paiva, além de Fernanda Vene- ziani, responsável pelo transporte, via empresa Terra Master. A união só não é maior do que a esperança de arrecadar cada vez mais, para ajudar mais gente. “Valores (emdinheiro), cestas,man- timentos, alémde roupasebrinquedos. Muitos conhecem nosso trabalho há OAMOREMFORMADECESTA: UMAAMIGA ESSENCIAL O número de famílias atendidas varia a cada mês, entre 100 e 500 cestas BONS EXEMPLOS por Anderson Firmino A entrega… Lembrando que as famílias são cadastradas

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