28 de novembro de 2021

maissantos.com.br 45 A lémdosmales aos pulmões e a estreita relação com o apa- recimento de câncer, o cigarro tambémé prejudicial ao coração. É um dos principais fatores que elevam o risco de doenças cardiovasculares. As substâncias presentes no ci- garro agridem a parede interna dos vasos sanguíneos, chamada de en- dotélio. Somente essa reação já é o suficiente para deixar as artériasmais vulneráveis ao depósito de placas de gordura. Outra interferência acontece no mecanismo de contração e relaxa- mento do coração. Isto resulta numa maior dificuldade para o sangue cir- cular. Fumar acelera o processo conhe- cido como oxidação do colesterol e favorece a formação da placa de ate- rosclerose. A associação com outros fatores, como hipertensão e diabetes, aumenta o risco progressivamente. Sem contar o perigo que é a soma do tabaco com o uso da pílula anticon- cepcional. Não é exagero dizer que essa combinação pode ser muito grave para as mulheres. Independente do uso de cigarro, cachimbo ou charuto, uma única uni- dade pode provocar esses malefícios, não importa a quantidade. Fumar pouco ou esporadicamente também faz mal. As substâncias inaladas caem na circulação sanguínea e provocam consequências à saúde. As principais doenças cardiovasculares causadas pelo tabagismo estão: insuficiência coronariana, infarto do miocárdio, aneurisma da aorta abdominal, de- senvolvimento de arritmias graves e AVC – acidente vascular cerebral. Vale ressaltar ainda que o fuman- te passivo também está exposto ao perigo. Há estudos que apontam que conviver com quem fuma afeta o co- ração, além de aumentar em duas vezes o risco de câncer. É inquestionável que uma dasme- lhores coisas que um fumante pode fazer pela sua saúde cardiovascular é abandonar o cigarro. Após parar de fumar, há redução de cerca de 50% no risco de infarto no primeiro ano. Porém, são necessários cerca de 10 anos sem fumar para igualar o risco cardiovascular de um ex-fumante ao risco de quem nunca fumou. Existem vários métodos podem ser utilizados para parar de fumar. Entre eles, desde a parada abrupta até o suporte de produtos à base de nicotina, as chamadas terapias de reposição. O ideal é parar como cigarro com- pletamente. Dependendo do perfil do paciente e do seu grau de depen- dência, o tratamento poderá incluir a associação de técnicas multidis- ciplinares. Podem ser utilizadas as terapias de reposição, como o uso de chicletes e adesivos de nicotina, e também medicamentos específicos e antidepressivos. Em geral, o trata- mento é indicado por um período de 12 semanas. É comummuitos ex-fumantes au- mentarem de peso após abandonar o cigarro. Por isso, o cuidado com a alimentação saudável e a prática de atividade física devem receber mais atenção. Afinal, a obesidade é tam- bémum fator de risco para o coração. Uma avaliação médica criteriosa é capaz de indicar qual o tratamen- to ideal para cada paciente. Existem diversos métodos disponíveis. Assim, converse com seu médico e conheça o melhor tratamento para você.

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