26 de junho de 2020

A3 diariodolitoral.com.br Sexta-feira, 26 DE junho DE 2020 Cidades AA A Administração do pre- feito de Peruíbe, Luiz Maurí- cio (PSDB), está sendo alvo de uma sériededenúncias envol- vendoas verbas destinadas ao combate à Covid-19. Elas são relacionadas a supostos des- vios para pagamento de ou- tras despesas, equipamentos enviados pelo Estado semuti- lização e até número de pro- fissionais contratados sem demanda justificada. As de- núncias estão sendo analisa- das pela Câmara e peloMinis- tério Público (MP). Parte delas foramexpostas na RádioBan- deirantes, de São Paulo. SegundoapuradopeloDiá- rio, aAdministração teria feito um verdadeiro imbróglio, su- postamentemisturandoOpe- raçãoVerão, que começouem dezembro e foi até fevereiro, e combate à Covid-19, que co- meçoupraticamenteemmar- ço e ainda permanece. A Administração estaria com o pagamento de estadia de 116 policiais em aberto e usou uma nota de empenho da Covid-19 para pagar essa despesadehotel, naordemde R$ 74.922,00. Nomesmohotel foram hospedados os profis- sionais da saúde, como forma de segurança para evitar con- tato com familiares. Essa hos- pedagem não teria contrato formal. O conselheiro municipal de Saúde, Marcelo Araújo Ta- mada, explica ainda que exis- te um equívoco de despesas. “A ata de registro de preços daOperaçãoVerão previa três refeições aos policiais. No en- tanto, para o pessoal da saú- de, não havia refeições pre- vistas. Então, como justificar os valores pagos ao hotel em relação a refeições na conta Covid”, afirmaTamada, respal- dado por um print de uma conversa via redes sociais de funcionárias da saúde. A Re- portagem também teve aces- so à conversa. NÃOEXISTE. O radialista Plínio Melo tam- bém faz umalerta: a Prefeitu- ra não poderia ter contratado o hotel porque ele não exis- te formalmente. “Não possui Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e nem al- O hospital de campanha foi adaptado dentro do Hospital e Maternidade que ainda não foi entregue totalmente à população NAIR BUENODIÁRIO DO LITORAL AdministraçãoLuizMaurícioestána ‘cordabamba’ sobre verbadaCovid POLÍCIA. Há um imbróglio, misturando Operação Verão (dezembro/fevereiro) e combate ao coronavírus, que começou emmarço vará de funcionamento pois, conforme consta em seu car- nê de Imposto Predial e Ter- ritorial Urbano (IPTU), o pro- prietário só paga imposto territorial. É como se o hotel não existisse. Como esse con- trato foi realizado?”, indaga o radialista. Vale lembrar que o cálcu- lo do IPTU é baseado no va- lor venal do imóvel. No carnê levantado por Melo, via por- tal da transparência da Pre- feitura, o valor do prédio é de poucomais de R$ 68,5 mil e o valor mensal do imposto é de Hotel não possui Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e nem alvará de funcionamento porque consta como terreno vazio na Prefeitura R$ 329,00. RESPIRADORES. Outra polêmica é em relação aos respiradores enviados pelo Governo do Estado. Se- gundo foi levantado, os equi- pamentos foram instalados na Unidade de Pronto-Aten- dimento (UPA) e não no hos- pital de campanha que ainda não foi aberto, mas foi adap- tado aoHospital eMaternida- deMunicipal. Os equipamen- tos não teriamsido utilizados por conta de não ter equipe para operá-los, na ordem de cinco profissionais para cada respirador. “Peruíbe não tem estrutu- ra técnica para uso dos equi- pamentos, pois cada respira- dor precisa de uma equipe especializada para operá-lo. Então, foram instalados, mas nãoutilizados até agora. Além disso, segundo informações, o hospital de campanha teria sido, aparentemente, implan- tado no hospital ematernida- de com o suposto objetivo de usar verba da Covid para ter- miná-la”, afirma Melo. PREFEITURA. Procurada, a Prefeitura garan- te que contratou, através de licitação, a empresa para hos- pedagemdos policiais. O con- trato continuava vigente e, no início da pandemia, foi adita- do para receber os profissio- nais da saúde. “Essa decisão foi tomada para não utilizarmos a forma emergencial de contratação e respeitar o resultado da lici- tação. No aditamento foi jus- tificada a finalidade de hos- pedagemdos profissionais da saúde,mas foi impossível alte- rar essas informações no sis- tema, pois o mesmo remete ao contrato originário” expli- ca aAdministração, alertando que “as despesas ocorreram empastas diferentes – Defesa Social e Saúde – e orçamentos tambémdistintos”. Quanto aos respiradores, a Prefeitura explica que “es- tãonaUPAporque nãohouve ocupação de leitos suficiente para justificar umcustomen- sal coma aberturadeumhos- pital de campanha. Há profis- sionais suficientesparaoperar os equipamentos e nãohá fal- tade equipes. Ouseja, oMuni- cípioestá aptoparaoperá-los”. “Caso haja uma aumen- to significativo da ocupação de leitos necessitando abrir o hospital, aPrefeitura já fezpro- cesso seletivo para contrata- ção de mais funcionários que podem ser convocados ime- diatamente”, explica Sobre o fato do hospital de campanha ter sido adapta- do ao hospital ematernidade, responde que, na época que foi pactuado com o Governo do Estado, havia uma grande taxa de ocupação na região que preocupava a cidade e os demais municípios da Bai- xada Santista. “E justamente para que não fosse necessário fazer um hospital de campa- nha comestruturaprovisória, optou-se por aproveitar uma estrutura que já estava pron- ta”, finaliza a Administração. Sobre o hotel não ter AVCB enemalvaráde funcionamen- to, sendo registrado na Prefei- tura como um terreno sem edificação, aPrefeituragarante queo imóvel está regularmen- te inscrito. (Carlos Ratton) AA Desde oúltimomês, a For- taleza de SantoAmaroda Bar- ra Grande (R. Messias Borges, 380 - Santa Cruz dos Nave- gantes, emGuarujá) patrimô- nio cultural do Brasil, vem recebendo serviços de zelado- ria, como roçada e capinação, para manutenção e melhor conservação da estrutura. O mutirão contou com colabo- radores das secretarias deCul- tura (Secult), OperaçõesUrba- nas (Seurb), Meio Ambiente (Semam), Associação Comu- nitária Monte Azul e do Pro- jeto Curados por Cristo. Com início no dia 27 de maio, foram feitos os servi- ços de roçada e capinação na trilha de acesso ao centro es- portivo, nos patamares infe- riores e superiores, no entor- no da capela e no Caminho Espanhol. Além disso, toda a extensão da Fortaleza re- Fortaleza da Barra Grande, em Guarujá, recebe mutirão de zeladoria Foramfeitos os serviços de roçada e capinação na trilha de acesso ao centro esportivo, nos patamares inferiores e superiores, no entorno da capela e no Caminho Espanhol cebeu serviço de rastelação e descarte de grama cortada. Foram levados à Fortaleza, também, 160 sacos de cal e 10 peças de andaime para auxí- lio nos serviços de zeladoria, pormeio de equipes voluntá- rias que estiveram presentes durante o mutirão. (DL) AA A deputada federal Rosana Valle (PSB) cobradoMinistério da Saúde a volta dos creden- ciamentos para novas farmá- cias populares no País. Ahabi- litaçãode farmáciaspopulares está paralisada desde 2014, se- gundo informou o setor res- ponsável do ministério. Com isso,milharesdebrasileiroses- tão com dificuldades de com- prar medicamentos a preços baixos, emplena pandemia. É o que acontece na Área Continental de São Vicente, ondeos 150milmoradoressão obrigados a se deslocar para a parte insular ou a outras cida- des porque não há uma úni- ca farmácia popular na região. Vallerecebeuadenúnciade moradores da Área Continen- tal e comprovou que não exis- temesmofarmáciapopularno continente vicentino. Antes havia programa do Governo Federal que viabili- Valle pede farmácia popular para SV zava a abertura de farmácias populares. Uma chegoua fun- cionarnaAvenidaUlissesGui- marães, no JardimRio Branco, mas depois fechou. OMinistério da Saúde pas- sou então a credenciar farmá- cias privadas a venderem re- médios populares. Mas, desde 2014, novos credenciamentos foram suspensos e, hoje, não há farmácia nessesmoldes na Área Continental. Consultados, donos de far- máciasdemonstraraminteres- se em vender remédios a pre- çosbaixosnaÁreaContinental, mas informaram não conse- guir autorização para isso. A deputada enviou ofício aoMinistériodaSaúdecobran- doexplicaçõespela suspensão dos novos credenciamentos. A parlamentar reivindica o rápido credenciamento de uma farmácia popular para a Área Continental. (DL) Toda a extensão da Fortaleza da Barra Grande recebeu serviço de rastelação e descarte de grama cortada DIVULGAÇÃO/PREFEITURADE GUARUJÁ

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